Tenho uma relação assumida com o sofá.
Esta frase poderá soar estranha ou ridícula aos ouvidos de muita gente, mas suponho que haja alguma pessoa no Mundo que me compreenda. O meu actual melhor amigo é o sofá sempre de braços abertos para me receber, condenado a carregar com o peso dos meus sentimentos. Sinto pena dele, realmente. Todos os dias as mesmas chatices, os mesmos dramas, as mesmas lágrimas... Onde irá terminar a jornada deste meu companheiro? Acabará esquecido numa lixeira? Serão derramadas outras lágrimas sobre ele? Ou ficará eternamente congelado na minha sala? O futuro é imprevisível, mas no presente ele é o meu único amor.